O Amor é irracional, quanto mais você ama alguém, menos tudo faz sentido!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O amor pode cruzar seu caminho. Não deixe que passe despercebido.

Autora: Leniza Catello Branco (psicóloga e analista junguiana na capital paulista, é membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica – SBPA.

'Gente racional demais não liga para certos sinais que os menos céticos chamam de destino e isso pode ser um desperdício de oportunidade. Não se trata de crença. Segundo o psiquiatra suíço Carl Jung, existe mesmo uma conexão entre a psique humana e eventos externos. Ou seja, se deixarmos, um encontro inesperado, um sonho ou uma coincidência poderão mudar nossa vida.'


       Em alguns momentos, parece que a vida parou. Se estamos sós, perdemos a esperança de encontrar alguém, se temos uma relação sem vida, a sensação é de que nunca vai mudar, o trabalho não oferece mais desafios, tudo parece não ter graça. Nessas horas difíceis, o que temos que fazer é buscar o equilíbrio interior, tentar ver a beleza da vida, ter esperança e aceitar o momento, que certamente passará.
Veja as histórias a seguir...


1.       Aos 60 anos, ela estava num casamento que era mais amizade. Aposentada, cuidava do jardim, pintava e ia levando a vida. Até que, convidada para uma reunião de antigos colegas, reencontrou um antigo amor, que não via havia 30anos. Corajosa, percebeu que aquele encontro marcado pelo destino não poderia ser desprezado. Estão morando juntos e felizes.
2.       Ele tinha passado dos 50 quando perdeu o emprego. Achou que nunca mais teria uma chance. Estimulado pela terapia, voltou a se dedicar à arte, para a qual sempre tivera vocação. Numa exposição, encontrou um amigo que procurava alguém para um trabalho na área. Hoje está realizado, vivendo de sua verdadeira vocação.
3.       Após 20 anos de casada, ela se separou. Estava feliz e aliviada, queria curtir a vida só, começar algo novo, estudar. Mas passado um mês recebeu um telefonema de um antigo namorado. Ele disse que tinha sonhado com ela e queria vê-la. Estão apaixonados.

Não parece que alguma coisa ajudou a mudar seus caminhos? Nossa primeira personagem poderia não ter ido à reunião. O segundo poderia não ter perdido o emprego. A terceira poderia não estar em casa quando o ex-namorado ligou. E todos poderiam não ter tido a coragem de mudar suas vidas.
O psiquiatra suíço Carl G. Jung (1875-1961) dizia que há uma conexão entre a psique e ocorrências exteriores e chamou essa tendência de sincronicidade. É como se certas coincidências fossem especiais e conferissem sentido maior à nossa vida, aumentassem a esperança de que algo bom venha a acontecer – e assim tirassem um pouco de nossa culpa e responsabilidade, pois, afinal, pensamos, não dirigimos totalmente nossa vida. É isso que nos faz acreditar em um Deus ou no destino. Intelectualmente, não podemos explicar, mas sabemos que há algo estranho.

A Física Quântica diz que existe uma teia cósmica da qual participamos. Por isso, sonhos, lembranças, encontros e desencontros teriam um significado especial e, quando acontecem, deveriam ser levados em conta.
Ter um encontro significativo e negá-lo é não seguir um caminho que parece traçado para nós. Mas a escolha é nossa.
No mundo ocidental, achamos que o método cientifico é único e nos fechamos para eventos que não conseguimos explicar. A filosofia oriental, ao contrario, diz que tudo no universo se relaciona, que devemos abrir nossa percepção sem tentar explicar tudo racionalmente.
Então, quem está só e acha que nunca vai encontrar alguém, que nada vai mudar, deve cuidar do equilíbrio psicológico e tentar perceber mensagens que a vida manda, tantas vezes desprezadas. Prestar atenção nos sonhos, anotá-los, perceber sua ligação com eventos externos, cantar, dançar, pintar, escrever, tudo que pode ajudar a nos conectar melhor com essa rede universal. Se estivermos em equilíbrio e conectados, o universo certamente vai conspirar a nosso favor. 

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       Música do dia - Mil acasos _ Skank 
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